Senta,levanta.
Ajoelha,canta.
Só faltou a dança e a cerveja
para transformar em boate
a igreja.
sábado, 24 de março de 2012
Drasticamente
sexta-feira, 23 de março de 2012
Sobre buscas
Omnisciência
Novamente Ele chegou atrasado.
Como um marido adúltero.
Me deixando mais perto do túmulo
que do útero.
Fechou-me uma porta.
Mas nenhuma janela me foi aberta.
Escreveu por muito tempo torto
por linhas certas.
No vale das minhas lamentações
envolto pelo orvalho.
Sabe quem eu sou e
exatamente quanto valho .
Encontrei o caminho da perdição.
E esqueci das migalhas.
Não há atalhos para a redenção
nem foi em vão cada batalha.
Como um marido adúltero.
Me deixando mais perto do túmulo
que do útero.
Fechou-me uma porta.
Mas nenhuma janela me foi aberta.
Escreveu por muito tempo torto
por linhas certas.
No vale das minhas lamentações
envolto pelo orvalho.
Sabe quem eu sou e
exatamente quanto valho .
Encontrei o caminho da perdição.
E esqueci das migalhas.
Não há atalhos para a redenção
nem foi em vão cada batalha.
terça-feira, 20 de março de 2012
domingo, 18 de março de 2012
Ad augusta per angusta
Ando perdida num mundo abstrato.
Os rumos não me levam às vias de fato.
A lucidez traduz o que sou e o que faço.
A embriaguez me mostra que nada é exato.
O que pesa nos ombros é só mais um percalço.
O que levo na mente é o meu desembaraço.
Sei o que sinto e sei por onde passo.
Desato os nós e faço deles um laço.
Enfeito o meu caminho:
Por demais bifurcado.
quarta-feira, 14 de março de 2012
YOLO
Quem te garante que depois disso
encontrará a paz?
À tudo que seguiste à nada foste fiel.
Jamais.
Onde jaz sua saudade
teu corpo fenecerá.
Mas a origem de toda a verdade
sua alma não alcançará.
Uma branca fumaça
sopra sua chama lentamente.
Negaste,negociaste,enraiveceste,deprimiste.
Mas ainda não aceitaste.
Frente à frente com o destino.
Última jogada,dois pinos.
encontrará a paz?
À tudo que seguiste à nada foste fiel.
Jamais.
Onde jaz sua saudade
teu corpo fenecerá.
Mas a origem de toda a verdade
sua alma não alcançará.
Uma branca fumaça
sopra sua chama lentamente.
Negaste,negociaste,enraiveceste,deprimiste.
Mas ainda não aceitaste.
Frente à frente com o destino.
Última jogada,dois pinos.
terça-feira, 13 de março de 2012
Digitais
segunda-feira, 12 de março de 2012
Inércia
domingo, 11 de março de 2012
Que seja
Esqueci a chuva e dancei pelado
Escureci a veia,deitei ao seu lado.
Fiquei calado por algumas horas.
Ouvindo a tristeza do mundo lá fora.
Embora queira ir embora,agora não importa.
Abriu-de o caminho que me leva até as portas.
Essa vida tão bonita não evita meu sarcasmo.
Sua boca beija,grita e habilita meu orgasmo.
Sou um suicida sem coragem,atrás de uma vida prazerosa.
Dou a ela meus espinhos ela me devolve rosas.
Tornei a morte desejável,não imediata.
A vida eu tornei mutável pois ela é exatamente o que se deseja.
Seja como for,o que for que seja.
Escureci a veia,deitei ao seu lado.
Fiquei calado por algumas horas.
Ouvindo a tristeza do mundo lá fora.
Embora queira ir embora,agora não importa.
Abriu-de o caminho que me leva até as portas.
Essa vida tão bonita não evita meu sarcasmo.
Sua boca beija,grita e habilita meu orgasmo.
Sou um suicida sem coragem,atrás de uma vida prazerosa.
Dou a ela meus espinhos ela me devolve rosas.
Tornei a morte desejável,não imediata.
A vida eu tornei mutável pois ela é exatamente o que se deseja.
Seja como for,o que for que seja.
sábado, 10 de março de 2012
Declínio
segunda-feira, 5 de março de 2012
Onde se perder
Ela estava perdida.Atrás de algo que lhe completasse.
Que preenchesse o espaço que julgava estar vazio.
Estava no seu cio ébrio.Em sua via sacra alcoólica.
Às vezes acompanhada,por outras insólita.
Por um tempo havia esquecido.
Deixou aquilo de sobre aviso,guardado.
Mas precisava achar a chave do seu próprio cadeado.
Tentava não guardar mágoas de quem queria ter tido.
Sozinha se afogava na fonte dos esquecidos.
Procurava em versos calcados no passado,
respostas pra seu universo corrompido.
Então ele chegou,antes mesmo que ela o visse.
Com um sorriso no canto da boca,como se ouvisse os seus mais
secretos desejos e impuros pensamentos.
Ela achou onde se perder,mas não quis eternizar o momento.
Que preenchesse o espaço que julgava estar vazio.
Estava no seu cio ébrio.Em sua via sacra alcoólica.
Às vezes acompanhada,por outras insólita.
Por um tempo havia esquecido.
Deixou aquilo de sobre aviso,guardado.
Mas precisava achar a chave do seu próprio cadeado.
Tentava não guardar mágoas de quem queria ter tido.
Sozinha se afogava na fonte dos esquecidos.
Procurava em versos calcados no passado,
respostas pra seu universo corrompido.
Então ele chegou,antes mesmo que ela o visse.
Com um sorriso no canto da boca,como se ouvisse os seus mais
secretos desejos e impuros pensamentos.
Ela achou onde se perder,mas não quis eternizar o momento.
domingo, 4 de março de 2012
Pra não dizer que não falei das flores
“Quando o enterro passou
Os homens que se achavam no café
Tiraram o chapéu maquinalmente
Saudavam o morto distraídos
Estavam todos voltados para a vida
Absortos na vida
Confiantes na vida.
Um no entanto se descobriu num gesto largo e demorado
Olhando o esquife longamente
Este sabia que a vida é uma agitação feroz e sem finalidade
Que a vida é traição
E saudava a matéria que passava
Liberta para sempre da alma extinta.”
O seu corpo já jazia rijo.
Sem mais segredos, sem esconderijo.
A sua voz fora silenciada.
Não havia mais caminhos ao redor da sua estrada.
Os seus gestos foram desinibidos.
Seus pecados agora serão permitidos?
Pra não dizer que não falei das flores.
Pra não dizer que não chorei suas dores.
sábado, 3 de março de 2012
Fim
... e ela aceitou que não poderia ter o que faltava para completá-la. Trancou-se dentro de si mesma. Tentou desdobrar-se em várias para preencher o espaço não habitado. Abraçou lembranças que a fizeram feliz. De repente, sentiu-se completa. Sua escuridão fora exilada. Seu sorriso tornou-se tão belo quanto a luz do sol.
De ser
Imergi meu corpo num banho tépido
Descansei meu corpo esquelético sobre os seios de quem já não quero.
Não anseio nem espero que minha boca ressequida se molhe com seus beijos.
Num lampejo de lucidez perpetuada através da felicidade química.
Vi num sorriso um abismo eternizado por cínicas palavras
que pausadamente a ouvir dizer.
Meus olhos transmitem verdade.
Se esforçam pra esconder que sua fidelidade não vale nada.
Nem mesmo pra você.
Descansei meu corpo esquelético sobre os seios de quem já não quero.
Não anseio nem espero que minha boca ressequida se molhe com seus beijos.
Num lampejo de lucidez perpetuada através da felicidade química.
Vi num sorriso um abismo eternizado por cínicas palavras
que pausadamente a ouvir dizer.
Meus olhos transmitem verdade.
Se esforçam pra esconder que sua fidelidade não vale nada.
Nem mesmo pra você.
A janela
Tempo
Mesmo quebrado um relógio é certo duas vezes por dia.
Eu já fui certo há muito tempo atrás e era tudo que queria e ainda quero.
Deixar velhas lembranças para trás,de um tempo que jamais irá voltar.
Mas ouvi dizer que o mundo gira e volta pro mesmo lugar.
Nem sei dizer precisamente quanto tempo faz.
É infinitamente muito triste,sei que não estamos mais.
Agora te encontro em outras mulheres.
Estou pagando para não pagar a paga que todo homem paga
quando não quer se casar.
Tenho plena consciência que a decência que me falta lhe sobra.
Mas se você tem paciência e persistência,mãos à obra.
Pois talvez isso alivie minha dor.
Por algum tempo me faça esquecer que o passado não é enterrado sem você.
Eu já fui certo há muito tempo atrás e era tudo que queria e ainda quero.
Deixar velhas lembranças para trás,de um tempo que jamais irá voltar.
Mas ouvi dizer que o mundo gira e volta pro mesmo lugar.
Nem sei dizer precisamente quanto tempo faz.
É infinitamente muito triste,sei que não estamos mais.
Agora te encontro em outras mulheres.
Estou pagando para não pagar a paga que todo homem paga
quando não quer se casar.
Tenho plena consciência que a decência que me falta lhe sobra.
Mas se você tem paciência e persistência,mãos à obra.
Pois talvez isso alivie minha dor.
Por algum tempo me faça esquecer que o passado não é enterrado sem você.
Sua casa
Há muito não vou à sua casa.
Nem em espírito ou presença.
Eu quero muito acreditar que
como o ar,não é só crença.
De formas intensas me sinto preso.
Mais saio ileso externamente.
Há muito tempo eu sinto o peso
de algo que me é inerente.
O que te envolve me incomoda.
Às vezes é moda seguir às escuras.
O mundo gira e a vida poda.
Um dia mudo minha postura.
O que procuro já não é certo.
E se é certo já não é feito.
E se é feito me deixa perto
de quem descansa em meu peito.
Nem em espírito ou presença.
Eu quero muito acreditar que
como o ar,não é só crença.
De formas intensas me sinto preso.
Mais saio ileso externamente.
Há muito tempo eu sinto o peso
de algo que me é inerente.
O que te envolve me incomoda.
Às vezes é moda seguir às escuras.
O mundo gira e a vida poda.
Um dia mudo minha postura.
O que procuro já não é certo.
E se é certo já não é feito.
E se é feito me deixa perto
de quem descansa em meu peito.
quinta-feira, 1 de março de 2012
Assinar:
Postagens (Atom)